terça-feira, 17 de janeiro de 2012

TABAJARA NA POUSADA DO RIO QUENTE

Idealizada pela Promoter Fernanda Mendonça, a Festa Brasileira foi organizada pela cantora Cláudia Lima e executada no Clube Chopp Brahma - Rio Quente Resorts no dia 30 de dezembro.
No repertório, uma mistura de ritmos brasileiros prevalecendo o samba.

Cantora Cláudia Lima
A Festa teve a participação de vários músicos e performance da Escola de Samba Tabajara de Uberlândia, comandada pelo mestre de bateria Nei.


Passistas
Ritmistas




Vejam estas e mais fotos da Festa Brasileira aqui:








sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

AQUECENDO OS TAMBORINS ...



Este ano os candidatos à Corte do Carnaval 2012 de Uberlandia desfilarão ao som da BATERIA da TABAJARA.
 
 

Interessados em ser Rei, Rainha, Princesa ou Bobo da Corte no Carnaval de 2012 em Uberlândia podem se inscrever a partir de terça-feira (10), na rua Isaura Augusta Pereira (Quartel do Sicoco), n° 498, das 14h às 18h. O cadastramento dos candidatos é gratuito e pode ser feito até o dia 20 de janeiro. 

A escolha dos personagens responsáveis por entreter os foliões e as festividades do Carnaval são promovidas pela Associação de Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos de Uberlândia (Assossamba), em parceria com a Prefeitura Municipal de Uberlândia. O resultado será divulgado no dia 28 deste mês, durante o desfile oficial dos concorrentes, no Gran Hall (antigo Coliseu), às 21h. Além da decisão do reinado, o evento contará com apresentações culturais.

 Venha torcer!


Para maiores informações acesse:

http://www.correiodeuberlandia.com.br/cultura/inscricoes-para-o-reinado-de-carnaval-comecam-na-proxima-terca-feira/

http://www.correiodeuberlandia.com.br/cultura/escolha-do-reinado-aquece-carnaval/






quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

ENSAIO - COMPOSIÇÃO DO SAMBA ENREDO 2012

 

Confira um dos ensaios de composição e preparação do samba enredo para 2012.





SAMBA ENREDO TABAJARA 2012


TABAJARA SOCIEDADE RECREATIVA

ENREDO: “Peguei um pau-de-arara no sertão da caatinga e no cerrado vim morar.”

A Escola de Samba Tabajara, no carnaval de 2012, mostra a saga do nordestino rumo à terra fértil – Uberlândia.

Compositores: Kássio Silva, Pablo de Oliveira, Flávio Arciole, Neirimar Silva , Marco Túlio Eterno e Luciano Martins.
“No Nordeste
Lama virou pedra
E mandacaru já secou
Adeus meu sertão agreste
A Asa Branca já voou”

SAMBA-ENREDO

No embalo do meu samba
Viajei com a Tabajara
Lá pro estado de Minas
Em cima de um pau-de-arara – ôôôô
Cabra da peste
No Cerrado eu vim morar
Adeus meu sertão-agreste
Canto aqui, saudade lá.

Trouxe na minha matula
Toda minha tradição
Posso aqui festejar
Meu forró e São João.
Aqui água brota na terra
Debaixo dos buritis
Aqui, Asa Branca revoa
Junto com os bem-ti-vis!!!

Nunca mais vou sentir sede
 Nem sentir falta de nada
Deitado na minha rede
 Frevando com a Tabajara

Eu sou rico de verdade
Num cordel de bravura
Rimo cores com saudade
Sanfona, triângulo e zabumba
Xaxado, forró e baião
Repente de vida dura
Com os reis do sertão, ôôô
Heróis de nossa cultura!!!

Com os povos do agreste
Do sertão e Cariri
Hoje tribos do Nordeste
 Cantam e sambam por aqui



SINOPSE -CARNAVAL 2012


TABAJARA SOCIEDADE RECREATIVA APRESENTA:

TABAJARA SOCIEDADE RECREATIVA APRESENTA:



ENREDO: “peguei um pau-de-arara no sertão da caatinga e no cerrado vim morar.”

A Escola de Samba Tabajara, no carnaval de 2012, mostra a saga do nordestino rumo à terra fértil – Uberlândia.
O imaginário popular brasileiro sobre a emigração, principalmente dos Estados Nordestinos (Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia), apresenta muitos mitos e estórias. Algumas criadas pelos próprios migrantes que viajam em torno de três mil quilômetros ou mais para chegar até a região Sudeste. O Nordeste Brasileiro não é uma região homogênea, nem física e nem socialmente. Podemos dividi-la em quatro grandes sub-regiões: o meio-norte pré-amazônico e a zona da mata litorânea (úmidos), o agreste (semi-úmido) e o sertão (semi-árido).
Essa área mais interiorizada do Nordeste as chuvas são esparsas, com longos períodos de seca. 

‘’Sem chuva na terra
descamba Janeiro,
depois fevereiro
e o mesmo verão
meu Deus, meu Deus
entonce o nortista
pensando consigo
diz: "isso é castigo
não chove mais não"
(A triste partida: Luiz Gonzaga)


Por isso, sua vegetação, a Caatinga, é formada por resistentes arbustos e cactos (como o mandacaru) que armazenam água para os períodos de estiagem. Caatinga é uma palavra de origem Tupi que significa mata branca    (a vegetação fica cinzenta e branca durante a seca), sendo a paisagem característica de todo o Sertão Nordestino.



A narrativa inicial é ambientada no Sertão, região marcada pelas chuvas escassas e irregulares. Inverno, na região Nordeste, é o nome dado à época de chuvas, em que a esperança do sertanejo floresce. O sonho de uma existência menos árida e miserável esboça-se no horizonte e dura até as chuvas cessarem  para então a seca retornar implacável. A falta d’água força a triste partida do sertanejo para outro espaço, desconhecido, a ser desbravado, conquistado.  Essa é sua saga de eterno viajante que busca oportunidades melhores com menos sofrimento, pois acredita que a abundância de água e terras já é o bastante para garantir um futuro com menos privações para seus entes queridos.

“O sertanejo é antes de tudo, um forte!”
(Euclides da Cunha em “Os Sertões)







‘’Quando a lama virou pedra
e mandacaru secou
...
Foi aí que eu vim me embora
carregando a minha dor.’’
(Paraíba – Luiz Gonzaga)

“ Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação

Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de plantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão

Até mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Então eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração”
(Asa Branca – Luiz Gonzaga)

             As migrações causadas por problemas sociais, econômicos e ambientais como a falta d’água e a fome, assolam os nordestinos de diversas regiões levando as famílias sertanejas para uma caminhada impiedosa na aridez da caatinga, em busca de condições mais favoráveis de vida, mas sempre relembrando e revivendo a sua cultura e suas origens.


‘’Quando eu vim do sertão,
seu môço, do meu Bodocó
A malota era um saco
e o cadeado era um nó
Só trazia a coragem e a cara
Viajando num pau-de-arara
Eu penei, mas aqui cheguei (bis)
Trouxe um triângulo, no matolão
Trouxe um gonguê, no matolão
Trouxe um zabumba dentro do matolão
Xóte, maracatu e baião
Tudo isso eu trouxe no meu matulão’’
(Pau de Arara - Luiz Gonzaga)




Apesar da miséria que o expulsou do Sertão, o nordestino traz consigo uma riquíssima bagagem cultural manifestada nas quadrilhas de festas juninas, no bumba-meu-boi, na capoeira, frevo, ou maracatu. Ainda tem o reisado (nossa Folia de Reis) e os ritmos populares do baião, xaxado e do forró, dentre outras festas e danças.


A culinária nordestina nos traz a tapioca (o primeiro pão do Brasil), dentre outras delicias feitas a base de macaxeira (nossa mandioca), jerimum (nossa abóbora) e milho. 


O Nordeste é um grande celeiro de mestres das diferentes artes. Seja no humor, literatura, música presentes na grande mídia ou então dos anônimos do artesanato, além da fabulosa linguagem de cordel e suas xilogravuras.


 








A falta de chuva que transforma a paisagem da caatinga em um ambiente inóspito e hostil, obriga o sertanejo a deixar sua terra tão amada,  partindo em busca de uma terra prometida, a “terra fértil”, com água em abundância e mais oportunidades para construir uma vida melhor.
Por ser uma região muito atrativa localizada no bioma do Cerrado (considerado o berço das águas) Uberlândia (terra-fértil) abriga atualmente cerca de 70 mil imigrantes nordestinos e seus descendentes (segundo a Associação de Nordestinos de Uberlândia). A opção por este enredo foi motivada pela forte presença do nordestino na construção do desenvolvimento econômico da cidade além de contar a façanha individual (saga), daquele que conta suas dificuldades desde sua saída da terra natal até a adaptação em um novo lugar, encobrindo a situação de classe e as diferenças culturais que esse deslocamento implica.

A Escola de Samba Tabajara, no carnaval de 2012, mostra a saga do nordestino rumo à terra fértil: Uberlândia.

Contando num repente
com muita alegria,
a cultura dessa gente
sem tropeços,
com suas alegorias,
fantasias e adereços.

``Trouxe na bagagem
toda a minha tradição
posso aqui festejar
meu animado São João
Quando a saudade aperta
Canto um forró do Gonzagão
Aqui, água brota da terra
Debaixo do Buriti
Aqui a Asa Branca canta
Com seu parceiro Bem-Te-vi
Minha macaxeira tempero
Com farinha de pequi
Minha cabra e meu bode
Aqui podem pastá
Sem medo do lobo guará``
(Flavio Arciole)





Referências da pesquisa

ANUdi – Associação dos Nordestinos de Uberlândia
A.N.B. -  Associação dos Nordestinos do Brasil
CASCUDO, Luís da Câmara: Dicionário do folclore brasileiro
I.B.G.E.: Dados do censo 2010




Carnavalesco: Flavio Arciole



Comissão de Carnaval:

Ana Laura da Silva Juliao
Lucas Carlos de Oliveira
Leocidio da Silva
Luciano Martins de Faria
Marcelo Fonseca da Silva
Marco Túlio Mendes Eterno




Uberlândia, 01 de outubro de 2011


Veja também:

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