sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

TABAJARA 2013: FELIZ NATAL!

A Diretoria da escola de samba TABAJARA SOCIEDADE RECREATIVA, deseja a toda a comunidade participante da escola e do Bairro Patrimônio, parceiros, colaborado,simpatizantes, blocos e escolas co-irmãs um FELIZ NATAL  em 2013, repleto de LUZ, PAZ  e PROSPERIDADE!


EVENTO: 1º PAGODEIRA VIRA COPOS

O samba do ano pra fechar em grande estilo 2013, vem ai a 1ª PAGODEIRA VIRA COPOS, com a presença dos grupos SÓ DE BOA, SIMPATIA e UM SÓ OLHAR.
No TERREIRÃO DO SAMBA (Av. das Américas, nº: 390.
Muita gente bonita e cerveja gelada a 1 Real o copo!


terça-feira, 3 de dezembro de 2013

TABAJARA 2014: APRESENTAÇÃO DO SAMBA DE ENREDO 2014 NO EVENTO "ESQUENTANDO OS TAMBORINS"

A Diretoria da escola de samba Tabajara Sociedade Recreativa agradece a toda a sua comunidade, especialmente as pessoas envolvidas na apresentação do samba enredo de 2014 no evento ESQUENTANDO OS TAMBORINS, que aconteceu no dia 02 de dezembro, Dia Nacional do Samba.

O evento, inicio das atividades do carnaval de rua de 2014, contou com a apresentação dos sambas de enredo de todas as escolas de samba e blocos carnavalescos de Uberlândia que se prepararam para apresentar ao público presente o que será cantado na passarela do samba em 2014.

E nesta data especial, a Tabajara se apresentou com sucesso, levando alegria e satisfação a sua comunidade que em 2014 comemora seus 60 anos de existência e homenageia seus fundadores, enaltecendo uma história de resistência contra o preconceito a partir dos desfiles de Carnaval. Além de enfatizar a história do povo do bairro Patrimônio, “berço” da cultura popular de Uberlândia, que continua resistindo contra o seu “desaparecimento” atualmente diante da especulação imobiliária que avança sobre o seu território.

Clique aqui para ler a sinopse de 2014 e aqui para conhecer a letra do samba!

Confira abaixo, vídeo e  fotos do evento!

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MOVIMENTO ETERNA CHAMA RECEBE VELHA GUARDA DA TABAJARA NO PROJETO "O SAMBA MANDOU ME CHAMAR NA UFU"

No domingo, 01 de dezembro, a Velha Guarda Tabajara se apresentou, recebida pelo Movimento Cultural Eterna Chama, no projeto “O Samba Mandou me Chamar na UFU"  no Centro de Convivência do Campus Santa Mônica da UFU.

O projeto é uma realização da DICULT – a Diretoria de Cultura PROEX-UFU, em parceria com o DCE – UFU e o Movimento Cultural Eterna Chama, tem como objetivo praticar como extensão a manifestação e pesquisa do samba, abrindo espaço para divulgação desse estilo musical.

O formato consiste em apresentações musicais de grupos universitários e do Movimento Cultural Eterna Chama, parceiro do projeto, que realiza além das apresentações pesquisas relacionadas ao samba.

Confira como foi!





MANOS DO HIP HOP - Sucesso no 37º Festival Nacional de Dança Darcy Dutra Porto


A escola de samba Tabajara Sociedade Recreativa parabeniza a Cia de Dança Manos do Hip Hop por mais essa conquista  no 37º Festival Nacional de Dança Darcy Dutra Porto - RJ e reafirma a parceria e o carinho pelo grupo. Parabéns!

Confira o resultado da participação do grupo no festival!

Categoria Street Dance/Dança de Rua - 1º Lugar
Categoria Afro/Contemporâneo - 2º Lugar.
Categoria Solo/Contemporâneo - (Aliara) 2º Lugar.

Premiações especiais: "Pelo o segundo ano seguido."
- Melhor bailarina do Festival: Aliara 
- Melhor bailarino do Festival: Alysson Smyth



 

domingo, 1 de dezembro de 2013

REPORTAGEM : LOTINHO E TABAJARA – O General que desafiou preconceitos e é um dos bambas do samba da cidade

Arlindo Oliveira Filho, Lotinho
Arlindo Oliveira Filho, Lotinho, descende de uma família de músicos que, entre outras coisas criou o rancho carnavalesco Tenentes Negros, em 1936, e o Clube José do Patrocínio, vulgo Caba-Roupa, nos anos de 1950. Educado em um ambiente musical, festivo e carnavalesco, sua infância foi embalada pelos acordes do cavaquinho tocado pelo pai. Com o Tio Devanir Alves, aprendeu as primeiras notas musicais no trombone de vara. Ao som das canções executadas pelo acordeão do tio Cidica iniciou, aos 13 anos de idade, sua trajetória de cantor boêmio.

Integrantes do rancho carnavalesco Tenentes Negros
A partir das intermináveis conversas entoadas com os familiares mais velhos, Lotinho soube que determinados bares e clubes da cidade eram vetados aos negros. Exceção feita aos músicos e faxineiros que a eles adentravam somente para trabalhar. Entretanto graças a seu talento, Lotinho foi convidado na década de 1950 a apresentar-se no Uberlândia Clube. O convite foi recebido por ele com reservas: “Mas vocês não aceitam negro lá! Olha lá hein? A gente vai sofrer desfeita lá!”. Depois de muito diálogo com os diretores do clube, foi fechado o contrato. Cônscio do desafio assumido, Lotinho rapidamente se dirigiu à Loja Clark onde comprou dois pares de sapatos de verniz, sendo um par branco e outro preto. Logo após, deslocou-se até a Alfaiataria Paganini e encomendou um terno e uma camisa de casimira Europa.

Sobre a sua primeira apresentação no Uberlândia Clube, relembra o antigo boêmio: “cantei como nunca havia cantado até então”. No dia seguinte à estreia, Lotinho foi cumprimentado por todos que o encontrava, mas também censurado por muitos negros que viam naquela apresentação uma “traição”, no mínimo, uma “rendição” ao preconceito vigente na cidade.

Apesar dos elogios, críticas e ameaças que recebeu, Lotinho acreditava que suas apresentações contribuíram para a valorização do negro na sociedade uberlandense: “É que, antes de eu assinar contrato com o Uberlândia, os pretos não andavam no mesmo passeio que os brancos [...] E o fato do negrinho pegar o microfone e encantar no Uberlândia Clube ajudou a acabar com aquele negócio na avenida”.

Como cantor profissional, Lotinho também animou as noites do Cassino Monte Carlo, da Boate do Marra e Rádio Educadora, onde tinha um programa semanal levado ao ar todas as quintas-feiras às 20h. Por prazer cantou nos inúmeros bordéis localizados na rua Sem Sol, atual Engenheiro Azélli.

Criativo e inquieto culturalmente participou como cantor, ator e cinegrafista de diversos espetáculos musicais e teatrais realizados pelo clube Caba-Roupa: “ O Clube José do Patrocínio, desta cidade, realizou sábado passado grande show artístico, denominado ‘O Mercador de Sonho’. (...) Foi diretor organizador  e ensaiador, o senhor Joaquim Coelho. Orquestra sobre direção de Anízio L. Camilo. Cenários de Lotinho e Veiga Lago. O espetáculo foi variado, com diversos números que agradaram plenamente a plateia: cantos, bailados, humoristas, a peça ‘Tenda Árabe’ inspirada na mesma música em dois atos (Correio de Uberlândia, 1953, n. 3572, p.3)”.

Em 1954, Lotinho com outros jovens residentes no bairro Patrimônio fundou na rua Augusto dos Anjos, residência do casal Alberto Alves Carvalho e Darcy . Carvalho, a Escola de Samba Tabajara. Por dirigir a bateria, desenhar as fantasias e ensinar as cabrochas da Escola a dançar, Lotinho passou a ser chamado pela imprensa local de General. Sob seu comando, a Tabajara venceu o I Concurso de Escolas de Samba de Uberlândia, realizado em 1956 pela Rádio Educadora. Com o tricampeonato obtido em 1959, a Tabajara tornou-se presença obrigatória nos bailes carnavalescos do Uberlândia e Praia Clube: “ Na noite de terça-feira gorda, antes do início do baile carnavalesco, a escola campeã do carnaval de rua deste ano visitou o salão de festas do Uberlândia Clube.  Foi uma nota em destaque a valer por qualquer show. Os palacianos aplaudiram espetacularmente as evoluções dos passistas, das cabrochinhas e deliraram ao som do ritmo quente na batida do samba (Correio de Uberlândia, 1959, n. 6981, p.1)

A escola Tabajara em um desfile carnavalesco nos idos dos anos de 1950 , já
chamava a atenção do público.


No entanto as relações de Lotinho com o carnaval uberlandense nem sempre foram amistosas. Na segunda metade dos anos 1960, ele entrou em colisão com o então prefeito Renato de Freitas: “O meu desentendimento com o Renato de Freitas foi causado porque eu não o apoiei nas eleições. Ele disse que iria suspender a Tabajara e que a Escola não ganharia mais nenhum carnaval em Uberlândia, e tem mais, ele deixou as Escolas de Samba na mão, enfraquecendo o carnaval de Uberlândia, foi só isso”. Diante da ameaça recebida, o General protestou compondo um samba cuja a estrofe inicial, em tom provocativo, fazia o seguinte desafio:
“Andam dizendo por ai
Que a tabajara vai perder
Eu quero ver
Eu quero ver pra crer
Nós somos conformados
Mas depois do jurado
Quero ver resultado”

Hoje, as experiências boêmias e carnavalescas de Arlindo de Oliveira Filho estão encerradas. Alegando estar com os “dedos enferrujados” e com a “memória fraca”, raramente, toca um violão e canta uma das várias canções que compôs e/ou aprendeu através do rádio e dos discos.

Apesar de ignorado pelo poder público e desconhecido por boa parte dos membros da Escola de Samba que ajudou a fundar e a ganhar diversos títulos, o antigo General ainda sobrevive. O motivo? Talvez por acreditar no que disse Lupicínio Rodrigues: “É na noite que se faz música, que se diz poesia com mais sentimento. É onde, enfim, o amor é mais amor”.


Escrito por:
Júlio César, doutor em História Social pela PUC/SP. Autor de “Ontem ao luar: o cotidiano boêmio da cidade de Uberlândia (MG) nas décadas de 1940 a 1960”. Edufu, 2012.


Fonte: Revista Almanaque – Uberlândia de ontem e sempre, Ano 3, Nº 5,  agosto de 2013

REPORTAGEM : A UBERLÂNDIA DE JOÃO RODRIGUES BOLINHO: A CIDADE VISTA DO BAIRRO PATRIMÔNIO


Bolinho nasceu e vive no bairro Patrimônio até hoje, de onde viu a cidade se desenvolver (Foto: Cleiton Borges)
Uberlândia tinha pouco mais de 22 mil habitantes quando o sambista João Rodrigues nasceu, em 1941, no bairro Patrimônio, na zona sul. Bolinho – como ficou conhecido anos mais tarde – é o quarto de oito irmãos e o homem mais velho dos filhos. Casado por duas vezes e pai de cinco filhos, o aposentado de 72 anos declara seu amor pela cidade, mas afirma que tem saudade dos tempos em que era pouco maior que um povoado.

Da infância, Bolinho lembra-se das brincadeiras nos córregos e das frutas nos pomares do bairro onde nasceu, cresceu e onde mora até hoje com a família. “A cidade parecia mais uma fazenda, cheia de árvores e mato. Meus irmãos e eu fazíamos pequenos poços nos córregos e os batizávamos com nomes divertidos”, disse. Ele conta que na lateral da atual avenida Rondon Pacheco existiam lagoas que abrigavam jacarés. “Tinha muito mesmo, e tinha também rã, que a gente caçava.”

Segundo Bolinho, as casas eram espalhadas em diversos pontos. “Existiam poucos bairros e as casas eram maiores e mais abertas. As ruas não eram asfaltadas. Eram de terra e com pedrinhas conhecidas como ‘pé de moleque’”, afirmou. O bairro Patrimônio foi um dos primeiros fundados na cidade e era um dos poucos que existiam até a década de 1960. “Como no Patrimônio as ruas eram de terra, nós éramos chamados de ‘pés vermelhos’, mas não gostávamos do apelido. Se a gente fosse ao Centro – que hoje é o Fundinho – e alguém nos chamasse assim, dava briga”, disse.

Outra lembrança que marcou a vida do sambista foi o preconceito racial em meados do século 20. “Na avenida Afonso Pena, negros e brancos não dividiam o mesmo passeio. À esquerda [sentido Fundinho], passavam os brancos e à direita [mesmo sentido], os negros”, disse. A diversão também pregava a segregação racial. “No bar ‘A Mineira’, que era popular na cidade, negros não entravam de jeito nenhum. A cidade era muito preconceituosa e acho que ainda hoje carrega um pouco do preconceito racial”, afirmou.

Infância

A jovem cantora Tarsila Rodrigues estava com apenas sete meses de gestação quando João Rodrigues veio ao mundo, ainda prematuro. “Era aniversário de uma das minhas irmãs e minha mãe atravessou o rio de canoa para chamar os parentes que moravam do outro lado. Quando voltou, ela entrou em trabalho de parto e eu nasci”, disse. O apelido de Bolinho veio logo na primeira infância. “Eu devia ter uns 2 anos, e na época era comum que as mulheres colocassem pratos com bolo perto dos rádios. Numa dessas, meti a mão no prato e peguei um pedaço muito grande de bolo. O apelido pegou”, afirmou.

Aos 7 anos, Bolinho se mudou com a família para uma fazenda, onde ficou por dois anos. “Meu pai era meio aventureiro. Se dissessem que tava dando dinheiro em algum lugar, ele ia atrás”, disse. Depois da empreitada, o menino voltou para a antiga casa, no Patrimônio e, mesmo tendo se desfeito do imóvel, não saiu mais do bairro.

Com os 2 cruzeiros que ganhava da mãe aos domingos, Bolinho comprava o ingresso da matinê e ia se divertir no cinema da cidade. “Na verdade, o ingresso custava uns 50 centavos de cruzeiro. Com o resto, comprava pipoca e um monte de doces.” Outro lazer comum na época eram os bailes de carnaval e as festas nas casas de amigos. “O pessoal do Patrimônio sempre foi muito religioso e, depois da reza, sempre tinha um baile.”

O samba

Bolinho começou a cantar ainda criança, com pouco mais de 10 anos. “Aprendi vendo a minha mãe. Como ela cantava quase o tempo todo, com tudo o que ia fazer, fui assimilando isso e comecei a gostar.” Ele afirma que sua preferência sempre foi pelo samba, mas não descarta a oportunidade de ouvir música de qualidade de outros ritmos. “Gosto de música com melodia, arranjo e letra, não importa qual o estilo”, afirmou. Aos 13 anos, fundou a Escola de Samba Tabajara, que completa 60 anos de existência em 2014. “Fui eleito presidente de honra e desfilo todo ano pela escola. Amo samba e Carnaval”, disse.

Durante a vida, Bolinho conta que teve que trabalhar duro para conseguir vencer. “Comecei a trabalhar de carroceiro aos 9 anos. Ia acompanhando meu pai. Depois que ele faleceu, quando eu tinha 11 anos, virei o homem da casa porque era o filho mais velho dentre os homens e trabalhei em muitos lugares para ajudar minha mãe.” Segundo o sambista, a primeira tarefa era levar comida para os amigos do bairro que trabalhavam no frigorífico. “Saía de casa às 11h e carregava um cesto com 12 caldeirões de comida a pé até o local em que eles trabalhavam.” Depois disso, Bolinho também trabalhou em frigoríficos e fábrica de ladrilhos.

Repórter




TABAJARA 2013 - VELHA GUARDA RECEBE DIPLOMA GRANDE OTELO - "HOMENAGEM A CULTURA"

No dia 28 de novembro de 2013, a querida Velha Guarda da Tabajara, indicada pelo Vereador David Thomaz, recebeu no Plenário Homero Santos o Diploma Grande Otelo - "Homenagem a Cultura".


D. Benedita, D. Mariinha, Vereador David Thomaz, D. Fatinha e Mestre Bolinho - na outorga do Diploma Grande Otelo - "Homenagem a Cultura"


TABAJARA 2014 - MANOS DO HIP HOP

Nesta última semana de novembro a Cia de Dança Manos do Hip Hop, coordenado pela Sra. Ormenzinda, parceria confirmada para o Carnaval de 2014 da Tabajara, saíram de viagem  para competir e receber prêmios no Rio de Janeiro nesse final de semana. 




Agradecemos a o respeito e a confiança.
Sucesso sempre!



quarta-feira, 13 de novembro de 2013

TABAJARA 2013 - TABAJARA RECEBE VISITA DE PROJETOS CULTURAIS

Bairro Patrimônio é uma referência em Uberlândia nas tradições culturais afrodescendentes. Seus moradores destacam-se principalmente na música e na dança. Como resultado, a escola de samba do bairro, Tabajara Sociedade Recreativa possui o maior número de vitórias nos carnavais da cidade.

E, é um pouco da tradição e história da escola de samba e desse bairro, um dos mais antigos da cidade, que as crianças e os adolescentes que participam dos projetos de formação cultural realizados pelo Grupo EMCANTAR conheceram na terça-feira, dia 5 de novembro. As visitas ao Terreirão do Samba ocorreram em dois períodos: das 8h30 às 10h30 e das 14h às 16h, para atender maior número de participantes de três projetos: Ideias Incontidas; Olho Portátil; Oficinas de Canto, Teatro e Percussão.

As crianças foram recebidas com música pela Velha Guarda Musical da escola, acompanhada por Rodrigo Santiago, Flávio Lúcio Jr., Douglas Xavier e Koi Ribeiro. Depois a história da Tabajara, que completará 60 anos em 2014, foi contada pela porta bandeira Priscila Freitas e por um dos fundadores da escola, o mestre Bolinho, que hoje é o coordenador da Velha Guarda. 

Entre uma fala e uma contação de história, apresentações da Velha Guarda e de Ritmistas da Tabajara.Os meninos foram convidados a participar de uma das músicas da escola e, em agradecimento, apresentaram duas músicas que fazem parte do repertório que será apresentado no evento Alvorada Cultural, no dia 23 de novembro no clube CESAG.

Ao final eles puderam também acompanhar um pouco da trajetória  da Escola de Samba Tabajara Sociedade Recreativa por meio de um painel de fotos.






















Veja também:

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