sábado, 14 de julho de 2012

SINOPSE - CARNAVAL 2013


Sinopse Carnaval 2013
 ESCOLA DE SAMBA TABAJARA SOCIEDADE RECREATIVA
O MITO DA CRIACÃO NA AURORA DOS DEUSES NAGÔS

Aqui neste mito da criação, um dos mais conhecidos da cultura Nagô/Iorubá, encontramos muitos elementos para o entendimento e relacionamento com este universo mitológico dos Orixás. Quando falamos de Orixá, falamos de uma força pura, geradora de uma série de fatores predominantes na vida de uma pessoa e também na Natureza. Em tempos de busca por sustentabilidade e de proteção ambiental, não é oportuno reconciliar homem e natureza?

Na mitologia do povo Nagô, Olorum, Senhor Supremo do Universo, resolveu acabar com o ócio reinante no Orun (Céu, mundo espiritual) e decidiu criar um mundo habitado por seres em tudo semelhante a Ele. Para o empreendimento, convocou todos os Orixás, seus filhos, e sob o comando de Obatalá (Oxalá) seu primogênito, ordenou que partissem para criar o Ayé (Terra, o mundo material). Quando Olorum, Senhor do Infinito, criou o Universo com o seu hálito sagrado, criou junto seres imateriais que povoaram o Universo. Esses seres seriam os Orixás que foram dotados de grandes poderes sobre os elementos da Natureza. 

Em verdade os Orixás são emanações vindas de Olorum, com domínio sobre os quatro elementos: fogo, água, terra e ar. Ainda dominam os reinos vegetal e animal, com representações dos aspectos masculino e feminino, ou seja, para todos os fenômenos e acidentes naturais, existe um Orixá regente.  Através do processo de constituição física e diante das leis de afinidades, cada ser humano possui um ou mais Orixás, como protetores de sua vida, a eles sendo destinadas formas diversas de culto.

Percebemos que a mitologia africana sobre o princípio da criação do mundo em muito se assemelha a interpretações de diferentes culturas. A interação entre os quatro elementos, o panteão de deuses e santos apenas reafirmam o sincretismo que marca a identidade brasileira. Também há nos mitos relação com a ciência, como a criação a partir do caos e o surgimento da vida a partir da água. 

Desta forma, a Escola de Samba Tabajara pretende cantar na avenida o sopro sagrado de Olorum, diante do nada, do vazio absoluto, daquilo que chamavam, sem nunca terem conhecido, o Oceano do Não Ser. E com suas fantasias, alegorias e adereços, contar o mito da criação na aurora dos deuses Nagôs.

 
Clique aqui e saiba mais sobre essa história.


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